domingo, 4 de dezembro de 2011

Ainda há esperança

Dia desses fui ao centro da cidade pagar contas e abastecer a escola. Ao retornar ao estacionamento, tive dificuldade para achar a ficha com o horário de entrada e já acostumada à falta de educação que reina entre jovens e adultos, afastei-me da fila do caixa ao perceber que um grupo 5 de garotos com idade entre 17 e 20 anos se aproximava rápido pois começava a chover.

Continuei minha caça ao tesouro até achar o ticket, então levantei a cabeça (quase enterrada na bolsa) e percebi que o grupo de rapazes estava imóvel. Um deles me olhou, apontou para o caixa e disse "Por favor, a senhora chegou primeiro".

Agradeci verbalmente e com um largo sorriso, paguei rapidamente e dirigi-me ao meu carro. Na saída nossos carros se cruzaram, eles desejaram-me "Boa tarde" e seguiram caminho. Que pena a chuva ter atrapalhado, queria saber seus nomes para mencioná-los aqui como prova de agradecimento a eles e em especial aos seus pais, por terem dispensado tempo educando seus filhos, ao invés de bebendo, fumando ou assistindo tv, coisa tão corriqueira nos dias de hoje.

Se mais pais reservassem um pouco de tempo para conversar com seus filhos, mostrarem o quanto são importantes para eles, o mundo se apoiaria numa base muito mais sólida de amor. Não nessa base arenosa construída com pilhas de brinquedos importados cujo tempo de uso não ultrapassa 6 meses, sendo necessária constante renovação de bens para encobrir a falta de amor.

O Natal está chegando. O que pretende dar ao seu filho?

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