domingo, 29 de julho de 2012

Everybody needs somebody

Claramente o ditado é verdadeiro: "Todos precisam de alguém". Mesmo os fortes (strong), ou aqueles que pensamos ser fortes, porque eles também têm sentimentos (feelings), medos (fear), ansiedade (anxiety), insegurança (insecurity), e solidão (solitude).
Pensem nisso: se até o Super Homem tem seus momentos de vulnerabilidade (vulnerability), porque nós não teríamos?
A diferença entre fortes e os fracos (weak) é que os fortes não fazem alarde ou buscam atenção a todo instante e apesar dos tombos da vida, sempre ressurgem das cinzas ainda mais fortes e prevenidos. Aliás muitos classificam isso como frieza quando na verdade é apenas excesso de precaução baseado em tudo que já sofreram.
Conheci uma senhora chamada Cláudia enquanto trabalhava na Fibra que cabe perfeitamente nesse perfil: todos a consideravam uma pessoa fria e chegaram a qualificá-la como infeliz e detestável porque não tinha centenas de amigos ao seu redor (como se falsos amigos valessem a pena), mas ela foi a única que se preocupou com um garotinho da guarda-mirim chamado Júlio cuja família passava necessidade e precisava de ajuda real e não apenas de risinhos e tapinhas na cabeça como os "legais" da empresa faziam.
Cláudia deu a ele e sua família roupas e alimentos mensalmente e quando percebemos o menino subnutrido de 1,45m passou a 1,65m, ganhou peso, suas bochechas ganharam cor e seus olhos passaram a mostrar um brilho de esperança que era lindo de ver.
Um tempo depois, com incentivo ele subiu de posto e passou a trabalhar na gráfica da empresa.
Pergunta: Algum dos super queridos e desejados, rodeados de amigos ajudou nisso? NÂO! Foi a Cláudia, ela e somente ela quem fez isso.
Os super desejados com centenas de amigos que o Facebook tenta corroborar, sempre prometem estar ao seu lado, mas nunca agem. Os considerados chatos, frios ou indesejados, sempre encontram tempo e competência para ajudar através de atos e não promessas.
Amigo é quem faz, não quem fala.
Nessa era digital onde a quantidade de amigos virtuais erroneamente tem mais valor que amigos de carne e osso (flash and blood), criamos monstros irresponsáveis, sádicos, e inconsequentes que desconhecem o valor real da vida, da ética, da honestidade e do companheirismo. Talvez porque seus pais prefiram assistir TV ou viajar com outros adultos a passar o tempo com os próprios filhos. O fato é que esses seres egoístas estão se multiplicando rápida e assustadoramente.
Então eu termino meu texto deixando um conselho: se você tem filhos, faça questão de mostrar a eles que um amigo real vale mais que 100 digitais, e faça isso logo porque senão correrá o risco de ser substituído por uma família virtual. Duvida?

Um comentário:

  1. Concordo Vânia... " toda pessoa sempre é a marca e a lição diária de outras tantas pessoas" ( Milton Nascimento )
    Edil Siqueira.

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