domingo, 11 de março de 2012

O passado bate à porta de novo

Conforme envelhecemos e perdemos aquela pressa aterradora de viver, podemos observar detalhes da vida e corrigir o passado.
Mas e quando a chance que surge põe em jogo suas crenças e senso de justiça? Como saber se deseja fazer o que é correto (make it right) apenas para você ou para todos?
Vale a pena vingar-se (worth revenge) de pessoas que lhe fizeram mal no passado e correr o risco de machucar (hurt) um inocente no presente?
Mas então como agir com alguém que a julgou inferior porque precisava trabalhar para pagar a Universidade, escolheu ser professora e usava roupas simples?  O que fazer com alguém que foi capaz de colocar um investigador (corrupto e já preso por desvio de drogas) para "tentar" descobrir algo sobre você? O que merece aquela que disse à sua mãe de forma humilhante que a família tinha a obrigação de sustentar meus estudos, sem entender que uma família simples não poderia dispender dos recursos reservados para alimentação e manutenção da casa para sustentar dois ou três filhos ao mesmo tempo na faculdade?
Seria válido, após décadas, explicar-lhes quão problemáticos e drogados eram seus filhos? Que se olhassem para si mesmos ao invés de apontar o dedo aos outros, perceberiam o abuso de álcool, drogas, cigarro, armas e velocidade em seu lar? Que os amiguinhos dissimulados e ricos consumiam drogas em casa quando viajavam e que o filho andava armado e atirava para o alto, além de mentir patologicamente? Não há foto ou video que comprove os comentários que amigos e namorado faziam uns dos outros ou das cenas deploráveis que vi e foi por jamais ter conseguido apagar (erase/delete) essas imagens que recusei reatar o namoro quando recebi a proposta. Eu o amava, mas me respeitava demais para voltar àquele caos.
Confesso que eu mesma somente entendi que meu namorado (na época) era um drogado após 8 meses e depois disso dispensei nossos últimos meses juntos tentando fazê-lo entender o erro que cometia. Nâo adiantaria contar aos seus pais, porque quando lhes disse que o filho dirigia em altíssima velocidade, a reação foi violenta contra mim e não contra quem poderia matar pessoas. Aliás, ele não matou (que eu saiba), mas alejou uma pessoa, destruiu carros e completamente fora de si, voou numa avenida em Sâo Paulo.
Nunca fumei, raramente bebo e jamais usei drogas. Para mim, apenas FRACOS (weak) usam drogas. E eu sei de duas pessoas na minha família que mesmo por curto tempo usaram substâncias ilegais. Considero-os fracos e dissimulados além de terem demonstrado grande desrespeito pela família. Não sou cega, mas sei que os pais às vezes preferem fingir não ver e rezar para que Deus resolva seus problemas, porque enfrentá-los é doloroso demais. Então o que fazer agora?
A sensação de vingança me parece inútil diante da dor que causaria a essa família, mesmo depois do que fizeram a mim e à minha família. Mesmo sabendo que achavam que era eu quem levava seu filho ao erro, pois eu era a única que não fazia parte do círculo social rico e falso deles.
Talvez a melhor vingança seja deixar que a vida siga seu curso e que os filhos de seus filhos repitam os erros de outrora e façam com que o castigo venha de forma natural. Talvez (maybe), talvez...
God bless you all.

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