quarta-feira, 13 de abril de 2011

Brasil e o mundo

Ontem fui a um gastroenterologista e encontrei-o super feliz com sua próxima viagem.
Ele me contou que participará de um congresso de Medicina em Chicago e aproveitando estar no 1º mundo, resolveu estender sua permanência lá por mais 2 semanas.
Ficamos divagando sobre as razões que levam o brasileiro a ter um comportamento tão diferente nos EUA daquele que apresenta no Brasil. Por que o brasileiro no Brasil transforma seu carro num Trio Elétrico com músicas terríveis? Por que o brasileiro insiste no famoso “jeitinho” e insiste em não seguir normas que segundo ele próprio, devem ser aplicadas somente aos outros? Por que se nos EUA ele age (quase sempre) corretamente?
Por quê o cidadão na “Terrinha” costura no trânsito, dirige muito acima da velocidade permitida e estaciona em local proibido se ele é o primeiro a dizer que ama ir para os EUA e Europa pois lá tudo é organizado e limpo? Será que ele não consegue enxergar que quem faz nossos países diferentes somos nós mesmos?
No final da semana passada um senhor me perguntou porque eu estava “perdendo tempo” em levar o carrinho do Walmart de volta ao local de retirada. Respirei fundo, sorri e respondi que meus pais haviam me educado,  e porque não era aleijada, nem sentia-me superior aos outros para tal ato. Admirável foi notar que o homem preferiu indignar-se com minha resposta a ter consciência e vergonha da pergunta que me fez em frente ao seu filho pré-adolescente.
Que inversão de valores foi instituída no Brasil em que aquele que trapaceia vale mais que o honesto? O preguiçoso e o ladrão têm mais chances e direitos que o cidadão de bem?
Há quem diga que o Brasil caminha para o primeiro mundo. Duvido que o façamos se o comportamento do brasileiro continuar como está.

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