domingo, 1 de maio de 2011

Ainda falando do casamento real.

Assisti ao evento de uma forma muito singular: nervosa na sala de espera de um consultório médico aguardando para fazer uma endoscopia digestiva (pela primeira vez).
Lembro-me de ter assistido ao evento anterior. O casamento da minha amada e eterna princesa Diana. Lady Di. Imortal pelos seus olhos de menina e sorriso tímido.
Todos dizem que a princesa Kate é bem diferente, muito mais segura. Logicamente que é. Seria decepcionante se 20 anos após tantos erros do “passado real” não se aprendesse nada. A princesa Kate é mais segura, assim como qualquer menina de 15 anos é muitíssimo mais segura e detentora de informação que qualquer garota da mesma idade o era há 20 anos.
Dizem que a nova princesa quebrou tabus, insistindo em casar-se com cabelos soltos. Gosto da rebeldia ingênua (até então) dela. Tomara de cause boas dores de cabeça aos conservadores do Reino, fazendo uma espécie de justiça tardia à sua sogra “in memorian”.
Mas voltando ao evento, fiquei embasbacada ao ver a Abadia de Westminster onde há 13 anos passei minha missa de Natal. Lembranças lindas me vieram à cabeça e tive vontade de chorar de saudade dos meus amigos caminhando e cantando cantigas de Natal numa noite fria e úmida. Nossas conversas naquela madrugada em frente à Saint Paul’s Cathedral (onde Lady Di casou-se) e então dormir em nosso quarto de hotel, vendo o sino da Catedral pela minha janela. Se me permitem dizer, sinto até o cheiro daquela noite.
Bem, meu exame acabou e quando voltei da anestesia tinha meu príncipe Steven esperando por mim na porta, pronto para levar-me de volta ao meu reino, minha casa, minha escola e ao lado das pessoas que tanto amo: meus alunos, funcionários e amigos. Acho que também temos nossos próprios reinos, menores, menos elitistas, mas cheios de encantos particulares.
Bom dia a todos

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